Assisti a uma comédia romântica, baseada no livro: "Se enlouquecer, não se apaixone." Esse é um daqueles filmes que você não dá muito valor olhando para a capa ou para o título. À primeira vista, parece enganar... Mas, eu senti uma vontade enorme de assistir, para ver o que ele tinha para me ensinar.
O filme (com base no livro) conta a história de um adolescente que pensa em cometer suicídio e procura ajuda num hospital, onde é encaminhado à ala psiquiátrica. Como o hospital está em reforma, não há uma ala específica para adolescentes; logo, ele é hospedado junto aos adultos, onde os acontecimentos começam a se desenrolar. O interessante nesse filme, é que ele trata das situações patológicas do cérebro, de uma forma bem simples e humorada.
Então, decidi escrever especificamente sobre as doenças neuroquímicas e como elas começam. Todas as pessoas, em algum momento de suas vidas, sofreram algum sentimento de negatividade, seja de: abandono (rejeição), ou carência (ausência)... E, mesmo que não se dêem conta disso, esse sentimento afeta suas vidas de alguma forma. Com o passar dos anos a pessoa somatiza suas dores e desenvolve alguma síndrome específica (mesmo sem o saber). Existem pessoas que nunca saberão que estão doentes, pois a doença se apresenta no tipo "leve" e seguirão com suas vidas, como se fosse normal ter aquele sentimento estranho dentro de si mesmas.
Uma pessoa muito negativa, por exemplo, possui a Síndrome do Pessimismo, mas nem se dá conta disso. O indivíduo pessimista só consegue visualizar as situações ruins da vida e não vê benefício em nenhum momento. É o estilo daquela hiena do desenho
Lippy & Hardy que diz o tempo todo: "Oh dia, oh céus, oh azar..."
A Síndrome do Pânico também é outra doença pouco conhecida na prática. Na Síndrome do Pânico, o indivíduo sente um pavor ou um medo inexplicável, que não consegue enfrentar, com manifestações físicas de calafrios, suor e taquicardia; até ficando estático por vários minutos. Alguns necessitam ser hospitalizados, pois são acometidos por crises de asma e falta de ar muito intensas.
A Depressão e o Estresse são mais conhecidos e mais aceitos pela sociedade, hoje em dia. Na depressão, o indivíduo sente os extremos: sem sono ou com muito sono, sem fome ou com muita fome, muito calor ou muito frio, dor ou agitação, etc. E também pode sentir desânimo, cansaço e dores pelo corpo sem explicação. Um indivíduo com estresse passa mal, em qualquer situação difícil que tenha que enfrentar e, às vezes, sente vontade de "quebrar tudo ao seu redor" ou de "esganar alguém" sem um motivo real.
Outra doença que se tornou conhecida é o Transtorno Obsessivo Compulsivo ou TOC, onde o indivíduo cria uma mania ou faz algo impensadamente repetidas vezes, prejudicando a si mesmo e aos outros. Por exemplo: aqueles que gastam excessivamente e não param de comprar até a sensação de euforia passar, criando dívidas enormes difíceis de pagar. Ou aqueles que são maníacos por limpeza e limpam, limpam, limpam, mesmo que tudo esteja em ordem. E há também: aqueles que são maníacos por sexo (ninfomaníacos); ou aqueles que se machucam propositadamente para sentir dor (automutiladores); ou aqueles afixionados em aparência e que fazem cirurgias plásticas intermináveis (TDC ou Transtorno Dismórfico Corporal); etc. E ainda podemos citar: Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) ou Doença Maníaco-Depressiva; Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), Transtorno de Ansiedade Social (TAS), Transtorno Disfórico Pré Menstrual (TDPM), Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), entre tantas...
As doenças neuroquímicas ou psiquiátricas possuem um estopim, algo que acontece e que desencadeia o início de tudo. Pode ser: a carência, a rejeição, o medo, um acidente, uma perda, uma mudança... Enfim, algo que aciona a válvula de escape que segurava tudo. Então, o cérebro para de produzir determinado elemento químico e o organismo desequilibra.
A única maneira de repor no organismo o elemento que está faltando, é tomando o remédio que contém esse componente químico. Ele ativará novamente o neurotransmissor encarregado dos impulsos eletroquímicos do cérebro e colocará tudo em ordem e no seu devido funcionamento.
Por isso, é necessário buscar um profissional qualificado: o Psiquiatra - que não cuida somente de loucos, como muita gente pensa! Em seguida, além do medicamento apropriado, a pessoa deve fazer terapia, para descobrir onde tudo começou e assim curar a ferida que ainda está aberta. O apoio de uma religião ou de amigos é importante nessas horas. Mas, para conseguir se curar, antes de iniciar qualquer tratamento, o principal deve acontecer: a pessoa deve querer se curar! É como naquele ditado: "Não adianta ajudar quem não quer ser ajudado." É importantíssimo que a pessoa queira se ajudar.
Portanto, a vida deve ser um renascimento contínuo de si mesmo. A pessoa deve se conhecer um pouco mais a cada dia, aceitando-se e melhorando-se, ou seja, renascendo... É isso o que a Fênix das Lendas Gregas nos ensina: a renascer das cinzas!
Hoje em dia, existem milhares de Livros de Autoajuda e bons Sites sobre esses temas. Pra finalizar, há uma frase de Bob Dylan que diz o seguinte: "Se você não está ocupado nascendo, então, está ocupado morrendo..." Pense nisso ;)