Segundo a definição usual, um gatilho representa um disparador, que pode ser acionado manualmente ou automaticamente.
Em Psicologia, os gatilhos representam sentimentos "represados", que não foram curados... Como em uma represa, eles ficam contidos, até que sejam liberados de alguma forma.
A liberação desses sentimentos pode ocorrer de maneira inconsciente, involuntária e instintiva. Ou seja, a pessoa nem percebe que o "gatilho" que aciona a represa foi disparado...
Como é difícil saber quando um acontecimento vai disparar o gatilho, cada indivíduo procura se proteger à sua maneira, evitando situações que causam dor.
Os gatilhos, após serem acionados, podem desencadear inúmeros sentimentos. Cada sentimento é responsável por manifestar uma ou mais situações de descontrole somático ou psicossomático.
No caso de doenças físicas, diferentes desarranjos podem alterar toda a fisiologia orgânica do indivíduo. Já as doenças emocionais, provocam diversas desordens psíquicas.
Enquanto uma doença física pode ser tratada pelo médico de forma tradicional, uma doença psíquica necessita de reforço, com tratamentos mais elaborados.
O acompanhamento psiquiátrico e psicológico se faz necessário em muitos momentos, por conta das chamadas "recaídas". Uma recaída indica um gatilho que pode ser acionado continuamente.
Como forma de proteção contra o mundo exterior cada indivíduo se resguarda, ocultando seus traumas, até que inúmeros acontecimentos se manifestem.
Podemos comparar nossos gatilhos aos folíolos de uma planta sensitiva... Assim como a planta "sensitiva" (Mimosa pudica), que recolhe seus folíolos ao menor contato, o ser humano também guarda suas emoções.
A plantinha Mimosa possui outros nomes, como: dormideira, dorme-dorme e não-me-toques. Todos os nomes possuem o mesmo significado: "estar adormecido".
Enquanto um sentimento está adormecido, significa que o gatilho não foi disparado. No entanto, se o gatilho disparar, busque ajuda para se curar...